segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Iraque executa 'Ali Químico', autoridade do regime de Saddam Hussein

Ali Hassan al-Majid, ex-autoridade iraquiana conhecida como 'Ali Químico', foi executado na forca nesta segunda-feira, anunciou o porta-voz do governo Ali al-Dabbagh. "A sentença de morte contra Ali Hassan al-Majid foi cumprida", afirmou Dabbagh.  


Majid, ex-ministro da Defesa e primo do ex-ditador Saddam Hussein, também executado na forca em 2006, foi sentenciado quatro vezes à morte por genocídio e crimes contra a humanidade. 

Em 17 de janeiro, a Suprema Corte do Iraque o sentenciou à morte por ordenar um ataque com gás contra a cidade curda de Halabja em 1988. Acredita-se que 5 mil pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, tenham morrido no ataque.

Jatos iraquianos sobrevoaram Halabja e por cinco horas espalharam um coquetel letal composto de gás mostarda e dos agentes neurotóxicos Tabun, Sarin e VX. O ataque rendeu a Majid o apelido de Ali Químico. 

Também foram condenados pelo ataque o ex-ministro da Defesa Sultan Hasheem e o então chefe do serviço secreto iraquiano, Ali Sader al-Douri. Ambos passarão 15 anos presos. Já o chefe da inteligência na região, Farhan Motlak, foi condenado a dez anos de prisão.

Como principal responsável pelo crime foi apontado "Ali Químico", que chefiava o Escritório de Organização do Norte do extinto Partido Baath, de Saddam.

O anúncio de sua execução ocorreu logo depois de três ataques coordenados terem ocorrido no centro de Bagdá. Ainda não está claro se os atentados têm relação com a morte de Majid. 

Majid foi sentenciado à forca em junho de 2007 por seu papel na campanha militar de Anfal, contra a etnia curda, que durou de fevereiro a agosto de 1988.

Em dezembro de 2008 ele também recebeu uma condenação à morte por seu papel em reprimir uma revolta xiita depois da Guerra do Golfo, em 1991. 

Em março de 2009, ele foi sentenciado à morte juntamente com outros pelo assassinato de muçulmanos xiitas no bairro de Cidade Sadr, em Bagdá, em 1999.

*Com informações da BBC


Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/



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