Uma nova pesquisa sugere que as galáxias de maior massa no universo
hoje podem ter surgido com a formação estelar frenética que aconteceu
nos primórdios do universo.
Essa atividade frenética, período em que a galáxia atravessa um
processo intenso e contínuo de formação estelar, aconteceu quando o
universo tinha apenas alguns bilhões de anos e parece ter parado pelo
crescimento dos buracos negros supermassivos.
Uma equipe internacional uniu informações da misteriosa matéria
escura no início das galáxias para confirmar a ligação entre as grandes
galáxias e a formação estelar do início do universo.
A capacidade de ver objetos a grandes distâncias no universo permite
que os astrônomos olhem para o passado, a partir da luz de quando o
universo era jovem. Usando o telescópio chileno Atacama Pathfinder
Experiment, uma equipe liderada por Ryan Hickox, da Faculdade de
Dartmouth, nos EUA, estudou a forma como as galáxias distantes do
universo primordial se agruparam.
Galáxias são conhecidas como rodeadas por um misterioso material
conhecido como matéria escura, que claramente exerce uma força, mas
nunca foi detectada. Experimentos da equipe mediram os efeitos dessa
força gravitacional sobre o aglomerado de galáxias.
Com estas medidas de matéria escura, e com a ajuda de um modelo de
computador que descreve como as galáxias e essa matéria devem evoluir, a
equipe mostrou que a frenética formação estelar nas galáxias
desenvolveu as galáxias elípticas enormes que vemos atualmente.
“Esta é a primeira vez que fomos capazes de mostrar essa ligação
clara entre as galáxias mais enérgicas de intensa formação estelar no
início do universo e as galáxias mais massivas nos dias de hoje”, disse
Hickox.
No entanto, estes episódios de formação de estrelas parecem durar
apenas cerca de 100 milhões de anos, e parecem ter um fim abrupto. Os
pesquisadores acreditam que as galáxias de formação de estrelas
alimentavam os buracos negros supermassivos em seus centros. Estes, por
sua vez, emitem poderosas explosões de energia, que consomem as
estrelas, explodindo muitas nuvens de gás que podem ter se fundido com
ainda mais estrelas.
Fonte: http://hypescience.com/
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