Mesmo após bilhões de anos, ondas de luz surgidas no início do
universo ainda se deslocam pelo espaço, e analisá-las pode trazer pistas
a respeito de como eram as coisas naquele tempo.
Depois de anos de estudo, um grupo internacional de pesquisadores
concluiu: já havia, no começo do universo, um grande número de buracos
negros.
“Nossos estudos indicam que buracos negros são responsáveis por pelo
menos 20% do fundo infravermelho cósmico [o conjunto de ondas de luz], o
que indica intensa atividade de buracos negros se alimentando de gases
durante a época das primeiras estrelas”, destaca o astrofísico Alexander
Kashlinsky, do Centro de Voo Espacial Goddard (EUA).
Kashlinsky e sua equipe usaram dados coletados pelo Observatório de
Raios-X Chandra e pelo Telescópio Espacial Spitzer, ambos da NASA. Ainda
em 2005, eles encontraram pistas das ondas de luz, que se tornaram mais
evidentes graças a análises. Em 2008, o astrônomo Nico Cappelluti, do
Instituto Nacional de Astrofísica em Bolonha (Itália), criou, a partir
dos estudos da equipe, um mapa de raios-X da mesma região observada por
Kashlinsky e os outros.
De modo simplificado, é como tentar observar fogos de artifício
lançados em uma cidade a muitos quilômetros de distância: os fogos são
difíceis de se ver, e é necessário filtrar as informações da região para
aproveitar ao máximo as evidências do fenômeno original.
Até o momento, a única explicação considerada plausível para os
resultados dos dois estudos são buracos negros. Contudo, ainda devem ser
feitas novas análises para confirmar.
Fontes: http://www.sciencedaily.com/
http://www.nasa.gov/topics/universe/
http://iopscience.iop.org/
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