quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Astrônomos encontram buraco negro que gira quase na velocidade da luz

Ilustração da Nasa mostra um buraco negro supermassivo no centro da galáxia em espiral NGC 1365. Estudo publicado na quinta na Nature calcula que a velocidade de rotação do buraco é perto da velocidade da luz. Este buraco negro tem 2 milhões de vezes a massa do nosso Sol. Os cientistas acreditam que a evolução de uma galáxia está intrinsecamente relacionada com a evolução de seu buraco negro. E a velocidade com que ele gira está ligada a sua formação: para crescer continuamente e acabar girando rapidamente, ele deve ser "alimentado" por um fluxo uniforme de matéria em espiral ou é o resultado de dois pequenos buracos negros que se fundiram; já buracos negros mais lentos provavelmente recebem matéria desordenadamente em todas as direções AP/NASA

Astrônomos da Nasa e da ESA, agências espaciais norte-americana e europeia respectivamente, conseguiram medir a velocidade de rotação de um buraco negro supermassivo no centro da galáxia em espiral NGC 1365. O estudo publicado na quinta na Nature afirma que a velocidade de rotação do buraco é perto da velocidade da luz. O buraco negro tem 2 milhões de vezes a massa do nosso Sol. 

Os cientistas acreditam que a evolução de uma galáxia está intrinsecamente relacionada com a evolução de seu buraco negro. E a velocidade com que ele gira está ligada a sua formação: para crescer continuamente e acabar girando rapidamente, ele deve ser "alimentado" por um fluxo uniforme de matéria em espiral ou é o resultado de dois pequenos buracos negros que se fundiram; já buracos negros mais lentos provavelmente recebem matéria desordenadamente em todas as direções.

Para conseguir calcular a taxa de rotação, os pesquisadores usaram dois observatórios em raios-x para captar átomos de ferro, que possuem uma forte assinatura neste espectro. A solução foi fazer as análises em raio-x de baixa energia e em alta energia e depois combinar as informações.

Até então era difícil fazer tal medição porque acreditava-se que os raios-x ficavam distorcidos pela poeira que fica perto do disco. Mas os novos dados demonstraram que os raios-x não eram distorcidos pelas nuvens, mas sim pela enorme gravidade do buraco negro. Os buracos supermassivos são rodeados por discos, formados pela gravidade que puxa a matéria ao redor. A teoria de Einstein prevê que quanto mais rápido um buraco negro gira, mais perto do disco ele estaria. Quanto mais próximo o disco, mais a gravidade do buraco negro irá deformar os raios-x. Assim, só uma velocidade de rotação que chega perto da velocidade da luz, a barreira da teoria de Einstein, seria capaz de produzir tal distorção nos raios.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/temas/astronomia/

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